TANOEIRO:
A profissão de tanoeiro, construtor de pipas, balseiros e tonéis entre outros, está em extinção. Elevada à designação de arte está hoje limitada à reparação desses diversos recipientes e à construção de pipas com fins decorativos. O armazenamento do vinho antes dos seus transportes costumava ser efectuada em cubas em cimento, hoje quase inexistentes estão a ser destruídas por muitas das casas que as possuíam e a ser substituídas por cubas em aço inoxidável. Muitos dos processos de transportar, engarrafar, rolhar e rotular as garrafas está a ser modernizado em várias empresas. Trabalhos que costumavam significar muitos empregos estão hoje completamente mecanizados ou em vias de desaparecimento.
Ao que parece, a indústria de tanoaria teve o seu início em tempos muito distantes e para o seu desenvolvimento muito contribuíram actividades que nada tinham com a vinicultura. Não devemos esquecer que ao longo de milhares de anos não existiam muitos recipientes, para se poder transportar e conservar, o azeite, a água, a gordura animal, as azeitonas etc. As viagens marítimas necessitavam de muito vasilhame para o transporte de água doce e potável, peixe seco e salgado, carne salgada, farinha, feijão e outros alimentos necessários à sobrevivência dos marinheiros
Segundo alguns historiadores, o barril ou casco de madeira aparece no século I a. C. e começa a substituir a ânfora cerâmica. Ponto de partida para o desenvolvimento da industria da tanoaria; que tanto beneficia a evolução dos grandes vinhos.
Os barris podem ser feitos de madeira (carvalho, castanho, mogno, acácio ou eucalipto), mas são os de carvalho o de melhor conserva. A madeira ideal para conservar bebidas é a proveniente de carvalhos que tenham aproximadamente 150 anos. Após o abate da árvore, a madeira deve ficar cerca de 3 anos a secar ao ar livre.
Tipos de Carvalho: A qualidade da madeira empregue no fabrico de cascos tem grande importância para a conservação e evolução do vinho. As madeiras de carvalho contribuem para afinar as características organolépticas dos vinhos.
A madeira para vasilhame deve obedecer aos seguintes requisitos: 1º) ser elástica e muito seca; 2º) ter fibras uniformes; 3º) provir de árvores de meia idade mas já feitas; ser de cor uniforme; 5º) não ter veios nem ser nodosa.
A madeira para vasilhame deve ser cortada em pleno Inverno, época de menos seiva nas árvores, para evitar que se comuniquem ao vinho gostos e aromas de gomas, resinas, etc.
Foram precisos anos de ensaios para que estas câmaras de fermentação tivessem as condições ideais para “hospedar” o vinho: a madeira apropriada, a espessura certa, o ferro para as aduelas adequado, etc. Enfim, estes contentores tinham que ser fortes o suficiente para aguentar o transporte em carros de bois por longas vias, e serem empurrados no mar por nadadores, serem ainda içados para os barcos e finalmente carregados para cá e para lá um número indeterminado de vezes. Tinham que ser resistentes a um tempo ao calor e ao frio, não podiam de forma alguma verter ou perder vinho por evaporação e também não podiam ficar completamente vedados ao ar.
Os barris eram esfregados até à exaustão, ritual que só terminava quando saía água límpida, que era testada a contraluz para haver a certeza absoluta de que nenhumas impurezas poderiam misturar-se com o vinho novo e estragar o que poderia vir a ser um néctar.(1)
Na freguesia do Ramalhal já não existe nenhuma tanoaria embora exista ainda um tanoeiro, que já não exerce a profgissão, no Concelho ainda existem dois ou três. (2)
Ao que parece, a indústria de tanoaria teve o seu início em tempos muito distantes e para o seu desenvolvimento muito contribuíram actividades que nada tinham com a vinicultura. Não devemos esquecer que ao longo de milhares de anos não existiam muitos recipientes, para se poder transportar e conservar, o azeite, a água, a gordura animal, as azeitonas etc. As viagens marítimas necessitavam de muito vasilhame para o transporte de água doce e potável, peixe seco e salgado, carne salgada, farinha, feijão e outros alimentos necessários à sobrevivência dos marinheiros
Segundo alguns historiadores, o barril ou casco de madeira aparece no século I a. C. e começa a substituir a ânfora cerâmica. Ponto de partida para o desenvolvimento da industria da tanoaria; que tanto beneficia a evolução dos grandes vinhos.
Os barris podem ser feitos de madeira (carvalho, castanho, mogno, acácio ou eucalipto), mas são os de carvalho o de melhor conserva. A madeira ideal para conservar bebidas é a proveniente de carvalhos que tenham aproximadamente 150 anos. Após o abate da árvore, a madeira deve ficar cerca de 3 anos a secar ao ar livre.
Tipos de Carvalho: A qualidade da madeira empregue no fabrico de cascos tem grande importância para a conservação e evolução do vinho. As madeiras de carvalho contribuem para afinar as características organolépticas dos vinhos.
A madeira para vasilhame deve obedecer aos seguintes requisitos: 1º) ser elástica e muito seca; 2º) ter fibras uniformes; 3º) provir de árvores de meia idade mas já feitas; ser de cor uniforme; 5º) não ter veios nem ser nodosa.
A madeira para vasilhame deve ser cortada em pleno Inverno, época de menos seiva nas árvores, para evitar que se comuniquem ao vinho gostos e aromas de gomas, resinas, etc.
Foram precisos anos de ensaios para que estas câmaras de fermentação tivessem as condições ideais para “hospedar” o vinho: a madeira apropriada, a espessura certa, o ferro para as aduelas adequado, etc. Enfim, estes contentores tinham que ser fortes o suficiente para aguentar o transporte em carros de bois por longas vias, e serem empurrados no mar por nadadores, serem ainda içados para os barcos e finalmente carregados para cá e para lá um número indeterminado de vezes. Tinham que ser resistentes a um tempo ao calor e ao frio, não podiam de forma alguma verter ou perder vinho por evaporação e também não podiam ficar completamente vedados ao ar.
Os barris eram esfregados até à exaustão, ritual que só terminava quando saía água límpida, que era testada a contraluz para haver a certeza absoluta de que nenhumas impurezas poderiam misturar-se com o vinho novo e estragar o que poderia vir a ser um néctar.(1)
Na freguesia do Ramalhal já não existe nenhuma tanoaria embora exista ainda um tanoeiro, que já não exerce a profgissão, no Concelho ainda existem dois ou três. (2)
(1) Desenvolvido pelos Formando do Curso Especialização em Produção Enológica - ETGI - AESBUC
(2) Gomes, Joaquim - A Freguesia do Ramalhal no Tempo
(2) Gomes, Joaquim - A Freguesia do Ramalhal no Tempo