POÇOS:
Os poços antigos eram empedrados (revestimento de paredes com pedras, para que a terra não caísse para dentro) e fechados em abóbadas redondas, ficando só uma espécie de porta ou janela, aberta para se poder tirar água através de uma roldana de madeira ou ferro enganchada a uma argola ou gancho que estava bem fixo ao centro da abobada.
Mais recentemente os poços eram empedrados com tijolos, sendo feitas à parte as placas redondas com o diâmetro um pouco superior ao poço, para que ficasse um rebordo em toda a volta. Aquando da construção da placa era feito um buraco, geralmente quadrado, que se denominava a "boca do poço". Era feito um tripé em ferro agarrado à placa, logo na altura da sua construção, pois a água do poço retirava-se por aí, com uma corda e um balde. Por vezes, prendia-se um balde a cada extremidade da corda, para se aproveitar de uma forma rentável o seu vaivém. Quando, por qualquer motivo, os baldes caíam ao poço, existia uma fateixa para os procurar no fundo e os trazer para cima. Também existiam alguns poços comunitários que serviam várias pessoas da comunidade.
É importante relembrar a construção dos poços, tarefa dura e um pouco dispendiosa, mas vital para a sobrevivência das pessoas. Em primeiro lugar localizava-se o sitio onde provalvelmente existiria água (essa pesquisa era feita por pessoas experientes no assunto, que com uma varinha de oliveira sondavam o terreno) . Localizado o sítio, procedia-se então à construção do poço, marcava-se no solo um circunferência mais ou menos larga, tudo dependia das necessidades das pessoas, e começavam um ou dois homens de picareta e pá em punho a cavar em direcção ao centro da terra. Quando já iam a mais de dois ou três metros de profundidade era montado o sarilho para retirar a terra removida e para transportar os homens para o fundo do poço. Os homens continuavam a cavar independentemente da profundidade, até encontrarem a "veia de água" que fosse abundante e que satisfizesse as necessidades para que foi construído. Utilizava-se a água nas regas das hortas, nas lides da casa e para dar de beber aos animais.(1)
Mais recentemente os poços eram empedrados com tijolos, sendo feitas à parte as placas redondas com o diâmetro um pouco superior ao poço, para que ficasse um rebordo em toda a volta. Aquando da construção da placa era feito um buraco, geralmente quadrado, que se denominava a "boca do poço". Era feito um tripé em ferro agarrado à placa, logo na altura da sua construção, pois a água do poço retirava-se por aí, com uma corda e um balde. Por vezes, prendia-se um balde a cada extremidade da corda, para se aproveitar de uma forma rentável o seu vaivém. Quando, por qualquer motivo, os baldes caíam ao poço, existia uma fateixa para os procurar no fundo e os trazer para cima. Também existiam alguns poços comunitários que serviam várias pessoas da comunidade.
É importante relembrar a construção dos poços, tarefa dura e um pouco dispendiosa, mas vital para a sobrevivência das pessoas. Em primeiro lugar localizava-se o sitio onde provalvelmente existiria água (essa pesquisa era feita por pessoas experientes no assunto, que com uma varinha de oliveira sondavam o terreno) . Localizado o sítio, procedia-se então à construção do poço, marcava-se no solo um circunferência mais ou menos larga, tudo dependia das necessidades das pessoas, e começavam um ou dois homens de picareta e pá em punho a cavar em direcção ao centro da terra. Quando já iam a mais de dois ou três metros de profundidade era montado o sarilho para retirar a terra removida e para transportar os homens para o fundo do poço. Os homens continuavam a cavar independentemente da profundidade, até encontrarem a "veia de água" que fosse abundante e que satisfizesse as necessidades para que foi construído. Utilizava-se a água nas regas das hortas, nas lides da casa e para dar de beber aos animais.(1)
(1) Gomes, Joaquim - A Freguesia do Ramalhal no tempo - pág. 40