FORNOS DO PÃO:
Os fornos de cozer o pão eram construídos pegados à habitação mas fora das suas paredes, com a boca dentro da chaminé da cozinha.
Eram construídos com tijolo de barro maciço, denominado de "tijolo burro". O fundo ou chão do forno era construído com ladrilhos quadrados de barro e o forno tinha forma de abóboda. O povo chamava o "cu de forno", coberto com um pequeno telhado.
Os utensílios utilizados no forno eram a forquilha, o rodo de madeira e a pá de forno também em madeira.
Embora tenham perdido a importância social, cultural e económica que tinham outrora, ainda subsistem alguns teimosamente contra o rumo da industrialização e massificação.
Fazendo parte da base da dieta alimentar mediterrânica, o pão conhece inúmeras variedades conforme a região onde é produzido. Em Portugal são conhecidas mais de 100 variedades.(1)
O forno de cozer pão, foi ao longo dos séculos servidor comunitário nas aldeias e vilas de Norte a Sul de Portugal, hoje , não é difícil ainda encontrá-lo a funcionar da mesma forma, como trabalhava nos tempos antigos.
Construído por mão de obra, por vezes não especializada, (um artífice que, não era necessário ser pedreiro), bastava-lhe ter fama na região como fazedor de fornos, para que a encomenda lhe batesse à porta.
O seu valor patrimonial consistia fundamentalmente no espaço que lhe estava destinado. Muitas vezes em "quelhas" apertadas ou em lugares reduzidos entre as casas. O seu tamanho variava muitas vezes em função do espaço disponível e não na quantidade de povo que o utilizava. Em lugares onde havia um maior número de pessoas era vulgar encontrar-se mais que um forno comunitário.
O mais importante mesmo era a temperatura constante e o pão que dele se tirava.
Um bom forno teria de queimar bem, mostrar de inicio o tecto bastante escuro para de seguida se apresentar de cor cinza esbranquiçada.
Quando cozia bem, a sua fama constava nos arredores, havendo quem, por vezes, pedisse autorização para fazer umas fornadas, mesmo não pertencendo ao lugar do forno .
Localizado sempre dentro das localidades servia dez a vinte casas que em cozeduras semanais ou quinzenais, de quinze ou vinte unidades, por vezes mais, fornecia às famílias os pães de milho, trigo ou centeio, que eram a maior parte das vezes a base alimentar das gentes nas aldeias.
O forno cozia todos os dias da semana de acordo com as necessidades da população. A sequência de utilização individual era feito por uma "posse", ramo de arvore ou feixe de lenha, colocado junto ao forno.
A "posse" indicava a ordem para acender o forno e cozer o pão. Por vezes num só dia eram colocadas cinco ou seis posses, quer isto dizer que, o forno cozia cinco e mais vezes.(2)
Eram construídos com tijolo de barro maciço, denominado de "tijolo burro". O fundo ou chão do forno era construído com ladrilhos quadrados de barro e o forno tinha forma de abóboda. O povo chamava o "cu de forno", coberto com um pequeno telhado.
Os utensílios utilizados no forno eram a forquilha, o rodo de madeira e a pá de forno também em madeira.
Embora tenham perdido a importância social, cultural e económica que tinham outrora, ainda subsistem alguns teimosamente contra o rumo da industrialização e massificação.
Fazendo parte da base da dieta alimentar mediterrânica, o pão conhece inúmeras variedades conforme a região onde é produzido. Em Portugal são conhecidas mais de 100 variedades.(1)
O forno de cozer pão, foi ao longo dos séculos servidor comunitário nas aldeias e vilas de Norte a Sul de Portugal, hoje , não é difícil ainda encontrá-lo a funcionar da mesma forma, como trabalhava nos tempos antigos.
Construído por mão de obra, por vezes não especializada, (um artífice que, não era necessário ser pedreiro), bastava-lhe ter fama na região como fazedor de fornos, para que a encomenda lhe batesse à porta.
O seu valor patrimonial consistia fundamentalmente no espaço que lhe estava destinado. Muitas vezes em "quelhas" apertadas ou em lugares reduzidos entre as casas. O seu tamanho variava muitas vezes em função do espaço disponível e não na quantidade de povo que o utilizava. Em lugares onde havia um maior número de pessoas era vulgar encontrar-se mais que um forno comunitário.
O mais importante mesmo era a temperatura constante e o pão que dele se tirava.
Um bom forno teria de queimar bem, mostrar de inicio o tecto bastante escuro para de seguida se apresentar de cor cinza esbranquiçada.
Quando cozia bem, a sua fama constava nos arredores, havendo quem, por vezes, pedisse autorização para fazer umas fornadas, mesmo não pertencendo ao lugar do forno .
Localizado sempre dentro das localidades servia dez a vinte casas que em cozeduras semanais ou quinzenais, de quinze ou vinte unidades, por vezes mais, fornecia às famílias os pães de milho, trigo ou centeio, que eram a maior parte das vezes a base alimentar das gentes nas aldeias.
O forno cozia todos os dias da semana de acordo com as necessidades da população. A sequência de utilização individual era feito por uma "posse", ramo de arvore ou feixe de lenha, colocado junto ao forno.
A "posse" indicava a ordem para acender o forno e cozer o pão. Por vezes num só dia eram colocadas cinco ou seis posses, quer isto dizer que, o forno cozia cinco e mais vezes.(2)
(1) Gomes, Joaquim, "A Freguesia de Ramalhal no Tempo" - pág. 39
(2) Gueifão, Artur - Da Pedra à Obra
(2) Gueifão, Artur - Da Pedra à Obra